O Petróleo É Nosso (mais ou menos…)

Denis G Coelho, CFP®, LinkedIn, 16/04/2018

Notícia da manhã de 3 de janeiro de 2018 mostra que a Petrobras (PETR4 na B3 e PBR na NYSE) está propondo acordo de 2,95 bi de dólares para terminar a ação na justiça estadual de Nova York movida pelos acionistas americanos da empresa (veja n’O Globo e na Folha). Foram iniciadas uma série de ações individuais e coletivas cuja alegação é de que foram lesados pelos escândalos de corrupção na companhia e conseqüente perda de valor de mercado. Isto é possível já que nos EUA as leis e normas no mercado financeiro e de capitais são mais rigorosamente impostas. Além disso, para o mercado americano a Petrobras não é uma empresa estatal e sim uma empresa mais no mercado de capitais, sujeitas a todas as regras aplicadas às demais empresas.


Curiosamente no Brasil ainda que os acionistas particulares (e mesmo o governo) tenham sofrido o mesmo tipo de dano pela má conduta que afligiu o acionista americano, nada disto. À diferença de lá, aqui a Petrobras é um monstro estatal, de controle governamental, suscetível a toda classe de influência política e porta bandeira da causa “O Petróleo É Nosso”. Na prática, nada mais longe disso. Nossos combustíveis são mais caros, há menos concorrência e os royalties do petróleo não são devidamente explorados (e pagos a estados e municípios).


Investidores estrangeiros tem melhores condições que o investidor brasileiro, já seja pela diversidade, segurança e oportunidades.


Denis G Coelho, CFP®